A nefrolitíase ou cálculo renal, popularmente conhecida como pedra nos rins, é uma condição comum que pode causar desconforto, dor intensa e em casos graves até perda da função dos rins.
Essa condição é muito frequente afetando cerca de 10% a 15% da população mundial em algum momento da vida, sendo mais comum em homens entre 20 e 50 anos. Fatores genéticos também desempenham um papel importante, com histórico familiar aumentando o risco de formação de cálculos renais.
Sou o Dr. Pedro Costa, médico Urologista, e realizo atendimentos presenciais em São Paulo e Online por Telemedicina em todo o Brasil. Meu compromisso é oferecer um atendimento humanizado e especializado, ajudando você a prevenir, diagnosticar e tratar todas as condições urológicas.

1) Fatores de risco:
Os principais fatores associados à nefrolitíase são:
- Baixa ingesta de líquidos: Concentração elevada de substâncias na urina.
- Dieta: Excesso de sal, proteínas animais ou alimentos ricos em oxalato (como espinafre e nozes).
- Condições médicas: Hipercalcemia, gota, infecções urinárias recorrentes.
- Medicamentos: Uso de diuréticos ou suplementos de vitamina D em excesso.
- Sedentarismo e obesidade.
2) Principais sintomas:
Os sintomas podem variar de acordo com o tamanho e localização do cálculo.
- Dor intensa em cólica, que pode começar na região lombar e irradiar para barriga, virilha ou genitais. A dor pode ser tão intensa que vem junto com náuseas e vômitos.
- Sangue na urina (hematúria) visível a olho nu ou identificado apenas no exame de urina.
- Urgência ou dificuldade para urinar.
- Febre e calafrios (em casos associados à infecção).

3) Como é feito o diagnóstico:
O diagnóstico é feito com base no quadro clínico e exames complementares:
- Exames de imagem: Ultrassonografia, tomografia computadorizada ou raio-X.
- Análise da urina: Para identificar cristais e infecções.
- Exames de sangue: análise metabólica incluindo eletrólitos, cálcio, ácido úrico, entre outros.
4) Tratamento
Mudanças no estilo de vida
- Hidratação: Ingestão de 2 a 3 litros de água por dia para diluir a urina.
- Dieta equilibrada: Reduzir o consumo de sal, proteínas animais e alimentos ricos em oxalato.
- Exercícios físicos: Manutenção do peso corporal saudável.
- Acompanhamento nutricional: Em casos de predisposição, uma dieta personalizada pode ser indicada.

Tratamento clínico
- Durante a crise de cólica renal:
- Medicamentos para aliviar a dor: analgésicos e anti-inflamatório.
- Medicamento para tentar a eliminação espontânea dos cálculos menores quando estão impactados no ureter (trajeto de saída do rim para a bexiga): alfabloqueadores.
- Obs: para estar apto a aguardar a eliminação espontânea o cálculo, o paciente deve estar com a dor bem controlada, sem sinais de infecção nem alteração da função dos rins. Se essas alterações estiverem presentes deve ser indicada a cirurgia para desobstrução.
- Tratamento específico para condições subjacentes, como hipercalcemia.
Tratamento cirúrgico
Quando os cálculos são grandes, causam complicações ou estão obstruindo a drenagem do fluxo urinário, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. As principais técnicas incluem:
- Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO):
- Técnica minimamente invasiva que usa ondas de choque para fragmentar os cálculos.
- Anestesia: Sedativa ou local.
- Vantagens: Recuperação rápida, sem incisões.
- Desvantagens: Não é indicada para todos os tipos de cálculos, pode gerar obstrução por fragmentos após.

- Ureterorrenolitotripsia Flexível (Laser):
- Uso de laser para fragmentar os cálculos acessando o trato urinário por via endoscópica.
- Anestesia: Geral ou raquidiana.
- Vantagens: Alta taxa de resolução em cálculos de localização difícil.
- Desvantagens: paciente precisa utilizar um cateter duplo J por um período geralmente de até 1 semana após o procedimento. Este cateter serve como uma espécie de “curativo” para permitir que os fragmentos dos cálculos sejam eliminados e que o trato urinário se recupere da cirurgia.

- Nefrolitotomia Percutânea (NLP):
- Indicado para cálculos grandes ou complexos. Um acesso é feito diretamente no rim por pequena incisão na pele.
- Anestesia: Geral.
- Vantagens: tem potencial para resolver casos de cálculos maiores com menor necessidade de procedimentos.
- Desvantagens: Maior tempo de recuperação e risco de sangramento e complicações.
- Cirurgia aberta ou laparoscópica: Raramente necessária nos dias de hoje devido avanço das técnicas minimamente invasivas descritas anteriormente.
Vantagens e benefícios do tratamento cirúrgico
- Alívio rápido dos sintomas.
- Evitar novos episódios de cólicas renais.
- Prevenção de complicações, como infecções ou perda da função renal.
- Melhorar qualidade de vida.
Desvantagens e riscos do tratamento cirúrgico
- Complicações como infecções, sangramentos ou lesões nos tecidos adjacentes (raros).
- Necessidade de nova intervenção em casos de recorrência.
- Tempo de recuperação variável conforme o procedimento.
5) Acompanhamento clínico pós-operatório
- Consultas regulares: Monitorar a função renal e outros problemas de saúde associados.
- Exames periódicos: Análise de urina e exames de imagem para rastrear recorrências.
- Análise metabólica: Avaliar possíveis causas metabólicas que favorecem a formação de cálculos.
- Adesão ao tratamento preventivo: Seguir as orientações dietéticas e hábitos saudáveis.
Conclusão
O tratamento da pedra nos rins é eficaz e personalizado, com opções que variam desde medidas conservadoras até intervenções cirúrgicas. O acompanhamento regular é essencial para evitar novas crises e garantir a saúde renal a longo prazo.
Se você ainda tem dúvidas ou deseja saber mais sobre como tratar ou prevenir os cálculos renais não deixe de agendar uma consulta. Estou aqui para ajudar e oferecer o melhor cuidado para sua saúde.